20 de setembro de 2018 | Leitura 3 min

A água e o futuro

Devido à sua escassez, o futuro da água está ficando cada vez mais incerto. Os números são preocupantes e exigem de cada um de nós a conscientização e o uso responsável para garantir este bem precioso às próximas gerações. 

De acordo com as Organizações das Nações Unidas, pelo menos um quarto da população mundial, em 2050 viverá num país com falta de água crônica ou recorrente. Cerca de 40% da população já sofrem com escassez de água, conforme estudos da ONU, que, por sua vez, inicia uma campanha para melhorar a gestão da água em nível mundial. Ainda segundo a Organização, calcula-se que hoje mais de um bilhão de pessoas já não têm acesso à água potável.

No Brasil, a escassez de água já é uma ameaça em várias regiões do país. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro sofreram recentemente com a estiagem. São Paulo sofre com o esgotamento do reservatório da Cantareira. Somado à ausência de chuvas e à demanda de suprir as necessidades da população, é preciso um processo de conscientização e controle da distribuição da água em determinados dias da semana. A Região Nordeste já convive há décadas com este problema. Inúmeras áreas nordestinas vivem em estado de emergência com a seca, atingindo, inclusive, grandes centros urbanos, como a Paraíba e Campina Grande.

Mas a questão fundamental do assunto não é necessariamente a quantidade insuficiente de água, mas o uso irresponsável deste recurso. Olhando por este prisma, chegamos à conclusão de que as principais soluções seriam combater o desperdício e reutilizar a água potável. E cada um de nós pode fazer a sua parte, mudando hábitos do dia a dia. Evitar banhos longos é uma das medidas que pode surtir efeito, pois, segundo especialistas, 37% da água utilizada para o consumo humano vem do chuveiro. Fazer a barba com a torneira fechada também é um hábito saudável que pode ajudar a amenizar o problema, pois apenas 5 minutos de torneira aberta representam 80 litros de água. Outros cuidados mais básicos e não menos importantes também ajudam, como fechar bem as torneiras depois de usar, regular as descargas dos vasos sanitários e não lavar calçada com a mangueira, entre outros hábitos saudáveis.

Da totalidade de água utilizada no mundo, cerca de 70% vão para a agricultura, 22% ficam nas indústrias e só 8% são destinados ao consumo humano. Nas plantações, mais de 60% da água usada na irrigação é desperdiçado em vazamentos, na evaporação ou na infiltração do subsolo. Com técnicas mais eficientes e equipamentos modernos, podemos reduzir essa perda em até 70%.

Atitudes tão simples e fáceis de uso consciente e preservação podem ser adotadas. Por exemplo, o Brasil é um dos poucos países que utilizam água potável para lavar a calçada ou o carro. Já em outros países, o reaproveitamento da água é uma realidade. Em Israel, por exemplo, 70% da água suja é tratada para ser reaproveitada.

Infelizmente, boa parte da escassez de água vem a poluição deste bem precioso. No Brasil, 80% dos esgotos coletados vão parar em cursos d’água, sem receber nenhum tratamento sequer. Para reverter este problema, a despoluição é única alternativa. Além de recuperar os rios para o abastecimento, esta solução reduz a proliferação de doenças transmitidas pela água contaminada.

Outra causa do desperdício de água está na má qualidade de tubos, torneiras e outros produtos hidráulicos. A solução é escolher marcas e acessórios que abracem a causa da economia de água. Torneiras com arejadores são bons exemplos que geram economia de água. Desde 2011, a Víqua possui arejadores em todas as suas linhas de torneiras. A economia pode partir da escolha dos produtos corretos e marcas que realmente estão engajadas em preservar este bem precioso. Definitivamente, podemos dizer que o futuro da água está em nossas mãos. É preciso que cada um faça a sua parte para garantir um legado positivo nas próximas décadas.

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